Com o progresso da pandemia provocada pela COVID-19, e à medida que aprendemos mais sobre seus diferentes sintomas, tornou-se mais difícil diferenciá-lo de resfriados e gripes comuns.
Embora ambas afetem o sistema respiratório, existem algumas diferenças entre o diagnóstico e tratamento desses quadros.
As dúvidas sobre as doenças são tantas que qualquer sinal de tosse, coriza e febre, já começamos a nos perguntar: “será que eu peguei também?”.
Fique tranquilo, pois essas doenças possuem características únicas e muitas vezes identificáveis a partir do primeiro dia de sintomas.
Neste artigo, apresentaremos as particularidades de cada uma, desde intensidade e duração até seus diagnósticos e principais tratamentos.
Qual a diferença entre gripe, resfriado e COVID-19?
A gripe é uma doença que afeta principalmente o sistema respiratório, e é causada pelo vírus influenza, podendo ser do tipo A ou B.
Sua transmissão ocorre principalmente de forma respiratória, onde gotículas de saliva contendo o vírus são espalhadas pelo ar através de espirros e tosse. A infecção por gripe costuma durar até 10 dias.
Apesar de ocorrerem durante todo o ano, é mais frequente durante estações frias como o inverno e em períodos mais secos.
O resfriado é muito parecido com a gripe. A diferença encontra-se no vírus que causa a infecção, que pode ser causado pelo Rinovírus ou, mais frequentemente, o Parainfluenza.
Seus sintomas são similares aos da gripe, porém, apresentam-se com menor intensidade.
Outra diferença é o período de duração, que costuma ser mais rápido, durando em torno de 4 dias.
Assim como a gripe, o coronavírus (SARS-Cov-2) é uma doença que atinge, principalmente, o sistema respiratório. Sua propagação acontece através de gotículas de saliva e pela respiração.
Possui um grande potencial de se tornar algo grave em determinados casos, especialmente em indivíduos com sistema imunológico comprometido e que não estejam vacinados.
Um dos riscos do coronavírus é seu alto potencial de mutação, o que possibilita o surgimento de novas variantes, como a Delta e Ômicron.
Sintomas mais comuns de cada doença
Apesar de serem causadas por vírus diferentes, as três doenças podem apresentar sintomas muito parecidos.
Por isso, é importante aprendermos a diferenciar cada uma delas, para que possamos buscar o tratamento adequado.
Os sintomas de resfriado são geralmente mais brandos e leves.
- Comum: Espirros, dores no corpo e mal-estar, coriza ou nariz entupido, dor de garganta;
- Às Vezes: Cansaço, tosse (leve);
- Raro: Febre, diarreia, dor de cabeça e falta de ar.
Os sintomas de gripe são mais fortes, e surgem repentinamente, geralmente de um dia para o outro.
- Comum: Febre, cansaço, tosse (geralmente seca), espirro, dores no corpo e mal-estar, coriza ou nariz entupido;
- Às Vezes: Dor de garganta, diarreia (geralmente em crianças), dor de cabeça;
- Raro: Falta de ar.
Os sintomas de COVID-19 podem variar de leve a grave, aparecendo de 2 a 14 dias após a exposição ao vírus.
- Comum: Febre, tosse (geralmente seca) e dificuldade para respirar;
- Às vezes: Cansaço, dores no corpo e mal-estar, dor de garganta, dor de cabeça e falta de ar;
- Raro: Espirros, coriza ou nariz entupido e diarreia.
Em quadros mais graves, o coronavírus pode apresentar casos de insuficiência renal e respiratória. Importante lembrar que, os sintomas apresentados acima podem variar de caso para caso. A infecção por COVID-19 pode gerar casos assintomáticos, onde a infecção ocorre, mas não são apresentados sintomas.
Não apresentar nenhum dos sintomas também não elimina a possibilidade de contaminação. É importante, caso tenha algum destes sintomas, realizar o teste em um posto de saúde ou farmácia mais perto de você. Além disso, a consulta com um médico é indicada assim que manifestações mais graves do seu quadro surgirem.
O que pode ajudar a distinguir essas doenças?
Um dos fatores que ajuda a diferenciar as doenças é justamente a forma com que os sintomas agem no corpo humano.
Devido a uma grande variedade de fatores, a COVID-19 apresenta sintomas de intensidades variáveis, podendo exibir desde sintomas leves até quadros mais severos. Sua evolução é gradual, apresentando complicações a partir do 8º dia.
Outra diferença é que o coronavírus pode apresentar sintomas que, geralmente, não são apresentados em casos de gripe ou resfriado, como a perda de olfato e/ou paladar.
Ao contrário da COVID-19 e do resfriado, a gripe acontece de forma repentina, já apresentando sintomas de forma aparente e com certa intensidade. O mal-estar intenso desde o primeiro dia de sintomas é a marca da contaminação pelo vírus influenza, com seus sintomas variando de 7 a 10 dias de duração até a completa recuperação.
Em casos de resfriado, os sintomas ocorrem de forma gradual, aumentando de intensidade conforme a progressão da doença. A recuperação nessas condições ocorre de 2 a 5 dias após a apresentação do primeiro sintoma, a mais rápida entre as três doenças.
Diagnósticos e tratamentos diferentes
Entender quais são as características de cada doença é importante, mas apenas com um exame laboratorial é que podemos ter certeza do quadro clínico. O diagnóstico de gripe é, na maioria das vezes, baseado nos sintomas apresentados pelo paciente e pelo seu histórico de saúde.
Apesar de existirem exames clínicos específicos para determinar se o caso do paciente é de gripe ou não, eles são indicados em casos onde há a necessidade de intervenções maiores por parte dos médicos, como internações ou agravamento dos sintomas.
O diagnóstico da COVID-19 pode ser feito através dos seguintes exames.
RT-PCR
A coleta de dados é realizada através da saliva, identificando a presença do vírus nas vias respiratórias.
Teste de Amplificação Isotérmica (NEAR)
É um teste rápido, que utiliza a coleta de material raspado (swab) da região nasal e da região da base da língua. São utilizados dois cotonetes, um para as duas narinas, e outro para a região da língua.
Teste rápido de antígeno
A coleta acontece através do contato de um cotonete na região nasal e da garganta.
É possível também identificar se houve contato com o vírus através do exame sorológico. Feito através da coleta de uma amostra sanguínea do paciente, esse exame identifica se houve a produção de anticorpos específicos contra o coronavírus.
O tratamento para casos de gripe, resfriado e COVID-19 é o que chamamos de suporte.
O que significa que os sintomas são tratados conforme eles aparecem, auxiliando o organismo até que ele consiga eliminar o vírus.
Alguns medicamentos utilizados no tratamento são antitérmicos, para redução da febre; anti-inflamatórios, para auxiliar na inflamação e analgésico, para reduzir a sensação de dor.
Outros medicamentos podem ser necessários, dependendo do caso e da orientação médica. Cada paciente exigirá um protocolo único e personalizado ao seu caso e necessidade, por isso a importância de procurar auxílio profissional e evitar a automedicação.
Além das orientações médicas, podemos seguir algumas medidas que podem ajudar.
- Descansar o máximo possível. Se você está cansado, seu corpo está tentando lhe dizer para desacelerar;
- Beber bastante água e aumentar a ingestão de líquidos. Atenha-se a líquidos leves, como chás quentes e canja de galinha;
- Tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor muscular, de garganta e tosse;
- Utilizar umidificador de ar;
- Não consumir álcool ou fumar neste período;
- Cuidado com outras substâncias inflamatórias como a poeira, pois podem piorar a produção de muco.
O que fazer em caso de suspeita de gripe ou COVID-19?
A maioria das pessoas que pegam gripe se recupera rapidamente – dentro de alguns dias ou duas semanas no máximo. Em casos raros, podem desenvolver complicações como pneumonia, líquido nos pulmões, agravamento de condições médicas crônicas e infecções bacterianas secundárias.
Pode levar mais tempo para se recuperar de todos os sintomas do resfriado comum, mas é raro que se transforme em complicações.
Casos graves de COVID-19 podem causar complicações semelhantes às da gripe, bem como insuficiência renal, coágulos sanguíneos nas veias e artérias dos pulmões, coração, pernas ou cérebro.
A fadiga crônica também é agora identificada nas infecções moderadas a graves por novas variações do coronavírus.
Independente do tipo de doença, é importante realizar de forma imediata o isolamento domiciliar, evitando que outras pessoas sejam contaminadas. Durante a fase inicial da COVID-19, a recomendação é a de buscar ajuda médica presencialmente ou através da telemedicina.
Em ambos os casos, os serviços contam com profissionais qualificados para realizar o diagnóstico e definir as medidas de tratamento a serem tomadas.
Em casos emergenciais, onde os sintomas caminham para um quadro grave de infecção, é importante evitar o contato físico com outras pessoas e buscar imediatamente o atendimento médico em um pronto-socorro.
Como posso me prevenir?
A transmissão de doenças virais costuma ocorrer através do contato com pessoas infectadas. Esse contato ocorre por meio de contato com saliva, espirro, tosse e catarro. Para prevenirmos o contágio, o ideal é criar determinados hábitos higiênicos.
- Lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel: sempre que possível, higienizar tanto as mãos como os pulsos, entre os dedos e embaixo das unhas;
- Limpeza de objetos: faça a limpeza dos objetos que são mais manuseados no dia a dia com álcool em gel;
- Ambientes arejados: mantenha sempre os ambientes bem ventilados e arejados, principalmente os que possuem um maior fluxo de pessoas. Isso dificulta a circulação do vírus no ambiente;
- Tosse ou espirro: para evitar a circulação do vírus, é importante criarmos o hábito de cobrirmos a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. Isso pode ser feito com o braço ou com o auxílio de um lenço descartável;
- Uso da máscara em ambientes fechados: a utilização da máscara ainda é extremamente recomendada pela Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde no Brasil. Pesquisas apontam que, por conta do uso intenso das máscaras desde o início da pandemia do coronavírus, os casos de gripe também tiveram taxas de incidência e mortalidade baixas.
Além dos hábitos de higiene, é preciso se atentar às práticas a serem evitadas. Ainda que as restrições decorrentes do surto de coronavírus estejam diminuindo, manter uma rotina seguindo essas dicas pode auxiliar na prevenção plena.
- Evite sempre que possível compartilhar objetos pessoais, como celulares, canetas, toalhas, talheres, entre outros. Tais objetos podem estar contaminados e, ao compartilharmos, estamos nos expondo ao vírus;
- Evite tocar no nariz, boca ou olhos antes de higienizar as mãos. Ao tocarmos em objetos contaminados, entramos em contato com o vírus. Ao tocarmos em certas áreas do nosso corpo com organismos contaminados, nos expomos a contaminação do vírus;
- Evite lugares com aglomeração de pessoas. Devido à quantidade de pessoas, a circulação do vírus é maior, aumentando a possibilidade de contaminação. Em casos de lugares com muitas pessoas, é importante manter o distanciamento social sempre que possível;
- Ao cumprimentar pessoas fora do seu convívio, evite beijos, abraços e apertos.
Na maioria dos casos, doenças graves e morte por COVID-19 ou gripe podem ser prevenidas através da vacinação. Estudos realizados em diversos países, incluindo o Brasil, apontam que a vacinação é responsável pela diminuição das taxas de mortalidade nas comunidades urbanas ao redor do mundo.
Com o avanço da aplicação de vacinas contra o coronavírus no Brasil, mais de 72,2% da população está totalmente imunizada. Complementando o esquema vacinal, a dose de reforço foi aplicada em mais de 30% dos brasileiros.
A imunização contra a gripe é eficaz apenas contra o vírus da influenza, e a vacina referente a COVID-19 fornece proteção apenas contra COVID-19. Portanto, é muito importante receber as duas vacinas, pois qualquer vírus pode torná-lo mais suscetível a outras doenças.
Saiba mais sobre como você pode obter sua vacina contra a gripe e a vacina da COVID-19 nas unidades de saúde da sua região.
Sinta-se bem informado sobre como manter sua saúde e qualidade de vida em dia através do Blog da Litoplan, com artigos novos semanalmente.
Gripe resfriado ou COVID, gripe resfriado ou COVID, gripe resfriado ou COVID.
Diferença entre gripe e resfriado, diferença entre gripe e resfriado, diferença entre gripe e resfriado, diferença entre gripe e resfriado.
Diferença entre gripe e covid, diferença entre gripe e covid, diferença entre gripe e covid, diferença entre gripe e covid, diferença entre gripe e covid.
Diferença entre gripe e resfriado e covid, diferença entre gripe e resfriado e covid, diferença entre gripe e resfriado e covid, diferença entre gripe e resfriado e covid, diferença entre gripe e resfriado e covid.
Diferença entre resfriado e covid, diferença entre resfriado e covid, diferença entre resfriado e covid, diferença entre resfriado e covid.